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Como medir a Empregabilidade?


Ao falar sobre a Empregabilidade, é fundamental trazermos números para enriquecermos a conversa sobre o assunto, mas isso não é trivial. No primeiro artigo sobre empregabilidade, falamos sobre a importância da discussão sobre Empregabilidade na Educação Superior e o que esse conceito significa sob diferentes perspectivas. Agora, neste segundo de cinco artigos do mês da empregabilidade, vamos falar um pouco sobre como podemos quantificar a Empregabilidade.

Como comentamos no artigo anterior, o Ensino Superior tem grande capacidade de ampliar as possibilidades de carreiras dos indivíduos dado que os trabalhadores com Ensino Superior completo ganham, em média, 2,7x a mais do que os trabalhadores com Ensino Médio Completo (veja mais aqui). Quando saímos da "média", podemos acabar descobrindo que certos cursos realmente ajudam seus egressos a conseguir um prêmio salarial significativo enquanto que outros cursos não entregam um resultado tão positivo.

O papel do conceito de Empregabilidade se torna muito menos abstrato quando olhamos sob esse prisma, certo? Agora, como podemos quantificar a Empregabilidade de maneira a demonstrar o quanto um determinado curso tem o potencial de contribuir para que seus egressos sejam capazes de obter um primeiro emprego qualificado, se manter neste emprego ou obter um novo emprego qualificado, se necessário?

Aqui, entra em ação uma metodologia conhecida como Operacionalização, que nada mais é do que um processo que transforma um fenômeno social (como a Empregabilidade) em um índice mensurável.

Na LABORe, baseamos a operacionalização da empregabilidade do curso no trabalho realizado pelo pesquisador Herbert Santos, integrante da nossa equipe, que divide o conceito em três dimensões:

  • Obtenção/manutenção do emprego: dimensão onde se avalia a capacidade de se conseguir e manter um emprego considerando ocupações relacionadas ao curso, ou seja, que tendem a ser preenchidas por graduados do curso. Exemplo de indicadores: saldo de emprego e probabilidade de automação;

  • Qualificação do emprego: dimensão onde se avaliam os atributos, particularidades e características das ocupações relacionadas ao curso. Exemplo de indicadores: nível de escolaridade das ocupações e wage premium; e

  • Diferença institucional: dimensão onde se avalia o impacto que uma instituição tem frente a outras que oferecem o mesmo curso. Exemplo de indicadores: classificação do curso e Retorno sobre o Investimento (ROI).

Assim, conseguimos transformar um conceito importante como a empregabilidade do curso em um conjunto de indicadores que nos permitem medir a empregabilidade. Isso permite comparar cursos de diferentes IESs, regiões e áreas do saber para oferecer portfólios de cursos que realmente aproximem os alunos do emprego dos seus sonhos.

Conta para a gente, como a empregabilidade é medida na sua IES? Não deixe de nos seguir nas redes sociais para ter acesso a mais conteúdos como esse. Ao longo do mês de agosto vamos publicar mais artigos sobre empregabilidade nas nossas redes todas as terças às 19h. E toda quarta, também às 19h, publicaremos uma análise da empregabilidade de cada um dos 5 cursos de graduação com mais inscrições (primeira já disponível no nosso blog). No próximo artigo: como falar sobre Empregabilidade com seus alunos?

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